Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. É resultado de um defeito na secreção de insulina e/ou em sua recepção pelas células beta no pâncreas.
Embora ainda não haja uma cura definitiva há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
Diabetes é uma doença bastante comum no mundo, especialmente na América do Norte e norte da Europa, acometendo cerca de 7,6% da população adulta entre 30 e 69 anos e 0,3% das gestantes. Alterações da tolerância à glicose são observadas em 12% dos indivíduos adultos e em 7% das grávidas.
Cerca de 12% da população brasileira é diabética (aproximadamente 22 milhões de pessoas). Odiabetes do tipo 1 ocorre em freqüência menor em indivíduos negros e asiáticos e com freqüência maior na população européia. Cerca de 50% dos diabéticos não sabem que possuem essa doença. Segundo uma projeção internacional, com o aumento do sedentarismo, obesidade e envelhecimento da população o número de pessoas com diabetes no mundo vai aumentar em mais de 50%, passando de 380 milhões em 2025.
Classificação
Dependendo da causa, o Diabetes pode ser classificado como:
Destruição das células beta, usualmente levando à deficiência completa de insulina.
Graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina.
Outros tipos específicos:
1. Defeitos genéticos da função da célula β
2. Defeitos genéticos da ação da insulina
3. Doenças do pâncreas exócrino
4. Endocrinopatias
5. Indução por drogas ou produtos químicos
6. Infecções
7. Formas incomuns de diabetes imuno-mediado
O aumento da produção de hormônios, principalmente do lactogênio placentário, pode prejudicar a ação da insulina materna.
O tipo 1 representa cerca de 8-10% e o tipo 2 cerca de 85-90% dos casos.
Sinais e sintomas
Aumento da sede é um dos sintomas de hiperglicemia. A tríade clássica dos sintomas da diabetes:
polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos),
Outros sintomas importantes incluem:
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o diabetes mellitus são:
Idade acima de 45 anos;
História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
Alterações prévias da regulação da glicose;
Indivíduos membros de populações de risco (negros, hispânicos, escandinavos e indígenas).
Diagnóstico
O diagnóstico do diabetes normalmente é feito com base na verificação das alterações da glicose no sangue em jejum e após ingestão de grandes doses de açúcar em dois dias diferentes.
Para realizar o teste confirmatório do Diabetes o paciente deve permanecer em jejum de 8h (é permitido beber água) antes da primeira coleta de sangue. Em seguida deve-se ingerir 75g de glicose anidra (ou 82,5g de glicose monoidratada), dissolvidas em 250-300ml de água, em no máximo 5 minutos. Uma nova coleta de sangue é feita 2 horas após a ingestão de glicose. Durante a espera o paciente não pode fumar e deve permanecer em repouso.
A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente, e é diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintes:
· Nível plasmático de glicose em jejum de 8h maior ou igual a 126 mg/dL (7,0 mmol/l)em duas ocasiões.
· Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas após ingerir uma dose de 75g de glicose anidra em duas ocasiões.
· Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.
Complicações
Agudas:
Coma hiperosmolar não-cetótico (cerca de 14% dos casos)
Crônicas:
Tratamento
É extremamente importante a educação do paciente, oacompanhamento de sua dieta, exercícios físicos, monitoração própria de seus níveis de glicose, com o objetivo de manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo.
Isso pode ser alcançado com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso (tipo 2), várias drogas diabéticas orais (tipo 2 somente) e o uso de insulina (tipo 1 e tipo 2 que não esteja respondendo à medicação oral). Além disso, devido aos altos riscos associados de doença cardiovascular, devem ser feitas modificações no estilo de vida de modo a controlar a pressão arterial e o colesterol, se exercitando mais, fumando menos e consumindo alimentos apropriados para diabéticos, e se necessário, tomando medicamentos para reduzir a pressão. Prevenção
Exercícios físicos ajudam na prevenção de complicações tanto do tipo 1 quando do tipo 2 de diabetes ao manter sobre controle os níveis de glicemia.