quinta-feira, 25 de agosto de 2011

TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE (HIIT)

O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade é um método de treinamento que se caracteriza pelo fracionamento do esforço total, com períodos de recuperação. O mesmo surgiu na década de 1920 e era utilizado como preparação para provas de longa distância. Mas foi no ano de 1939, em Friburgo, na Alemanha, com Wondemar Gerscheler que o método popularizou-se e passou a ser utilizado na preparação de atletas de meio-fundo e fundistas.
Em 1952, o fisiologista, também alemão, Herbert Reidell, deu ao treinamento intervalado sua forma atual tal qual o conhecemos hoje e, nos últimos quarenta anos, este método passou a ser o principal método de treinamento dos esportes ligados à resistência, como, por exemplo, corrida de média e longa distância, natação e ciclismo.
O Treinamento Intervalado (TI) ou Intermitente consiste em alternar a intensidade do exercício, intercalando picos de esforço (num ritmo de moderado a forte), com pausas de recuperação (em ritmo leve).
Geralmente se utiliza duas faixas de batimentos cardíacos: pico de esforço, faixa entre 75% e 90% da freqüência cardíaca máxima e a faixa entre 60% e 65% da freqüência cardíaca máxima para a fase de recuperação.
É recomendada uma freqüência semanal de três a quatro vezes com duração de vinte a quarenta minutos, no máximo, cada sessão de treinamento; realizada, de preferência, em dias alternados.
A duração do esforço deve ser inversamente proporcional à sua intensidade, devendo os estímulos mais intensos ser aplicados em curtos intervalos de tempo e vice-versa. O intervalo, período de tempo compreendido entre dois estímulos, deve permitir que a freqüência cardíaca baixe até a faixa de recuperação.
    Durante este intervalo, o atleta deve manter-se em atividade de acordo com o sistema energético que irá trabalhar. Sendo assim, o intervalo pode ser: recuperador, prioriza o treinamento dos sistemas anaeróbico alático e aeróbico; o atleta deve-se caminhar lentamente ou movimentar membros superiores e inferiores e, ativador, para o treinamento do sistema anaeróbico lático; o atleta deve caminhar rapidamente ou trotar.
    É essencial medir a freqüência cardíaca para que se possa administrar o tempo de esforço máximo e de repouso. Para tanto, o frequencímetro é um item indispensável para este tipo de treinamento.
   Recomenda-se também fazer uma Avaliação Física (Teste Ergoespirométrico) com intuito e transmitir segurança para a saúde e eficiência nos resultados.
  O TI pode ainda ser em classificado em: extensivo ou intensivo, com intervalos breves, médios ou longos, dependendo do objetivo.
       O Método Extensivo caracteriza-se por um volume elevado e uma intensidade relativamente baixa, priorizando o sistema aeróbio. Já no Método Intensivo, o volume é relativamente baixo e a intensidade é elevada, chegando exceder em alguns casos, 90% do VO2 máx (consumo máximo de oxigênio), melhorando a capacidade anaeróbia.
  Se o intuito é aprimorar a capacidade anaeróbia alática, a intensidade de exercício deve ser máxima, com duração entre 10-15 segundos, pausas de repouso passivo, com intervalo de recuperação de 1 minuto e 30 segundos.
   Para desenvolver a capacidade anaeróbia lática, a intensidade do exercício deve ser submáxima, duração do esforço de 30 a 60 segundos e recuperação de 1 a 3 minutos. 
  Para a capacidade aeróbia, a intensidade é moderada, a relação tempo de trabalho/repouso deve ser de 1:1, ou seja, cinco minutos de esforço por cinco de recuperação, o número de repetições não deve ser inferior a 10 ou 15 vezes numa única série e a pausa deve ser ativa.
 O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade além de melhorar a desempenho atlético vem sendo muito utilizado na redução do percentual de gordura acumulada.

Um comentário: