A hipertensão arterial ou hipertensão arterial sistêmica ou ainda pressão alta, como é conhecida popularmente, é uma das doenças com maior prevalência no mundo e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo entre outras.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) os valores admitidos são:120x80mmHg, em que a pressão arterial é considerada ótima e 130x85mmHg sendo considerada limítrofe.
Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia.
Um esfigmomanômetro e um estetoscópio são os equipamentos utilizados para aferir a pressão arterial.
Epidemiologia
Estima-se assim que a cada cinco pessoas, uma a duas são hipertensas. Em 2004, 35% da população brasileira acima de 40 anos estava hipertensa. Acredita-se que 20% da população mundial apresente o problema.
Fatores de risco
A hipertensão arterial pode ou não surgir em qualquer indivíduo, em qualquer época de sua vida, mas algumas situações aumentam o risco, tais como:
Sexo: Até os cinquenta anos, mais homens desenvolvem hipertensão. Após os cinquenta anos, mais mulheres desenvolvem a doença.
Etnia:Pessoas negras possuem mais risco de serem hipertensas. Mulheres afrodescendentes têm risco maior de hipertensão que mulheres caucasianas.
Nível socioeconômico: Classes de menor nível sócio-econômico têm maior chance de desenvolver hipertensão.
Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal (sódio), maior o risco da doença.
Consumo de álcool: O consumo elevado está associado a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito controverso, não homogêneo para todas as pessoas.
Classificação
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Nefrologia, a pressão arterial é classificada em:
Categoria | PA diastólica (mmHg) | PA sistólica (mmHg) |
Pressão ótima | < 80 | <120 |
Pressão normal | < 85 | <130 |
Pressão limítrofe | 85-89 | 130-139 |
Hipertensão estágio 1 | 90-99 | 140-159 |
Hipertensão estágio 2 | 100-109 | 160-179 |
Hipertensão estágio 3 | ≥110 | ≥180 |
Hipertensão sistólica isolada | < 90 | ≥140 |
Principais complicações da hipertensão arterial
A hipertensão arterial é um dos fatores envolvidos em uma série de doenças. Entre outras, as doenças abaixo são provocadas, antecipadas ou agravadas pela hipertensão arterial.
· Coração: Angina de peito, Infarto Agudo do Miocárdio, Cardiopatia hipertensiva e Insuficiência cardíaca.
- Cérebro: Acidente vascular cerebral, Demência vascular.
- Rins: Nefropatia hipertensiva e Insuficiência renal.
- Olhos: Retinopatia hipertensiva.
Diagnóstico
Um dos grandes problemas da hipertensão arterial (pressão alta) é o fato de esta ser assintomática até fases avançadas.
Para se dar o diagnóstico de hipertensão são necessárias de 3 a 6 aferições elevadas, realizadas em dias diferentes, com um intervalo maior que 1 mês entre a primeira e a última aferição. Deste modo, minimizam-se os fatores confusionais externos.
Uma vez feito o diagnóstico, todos os doentes devem se submeter a mudanças do estilo de vida antes de se iniciar terapia com medicamentos. As principais são:
- Redução de peso;
- Redução de peso;
- Iniciar a prática de exercícios físicos;
- Abandonar o cigarro;
- Reduzir o consumo de álcool;
- Reduzir consumo de sal;
- Reduzir consumo de gordura saturada; e
- Aumentar consumo de frutas e vegetais.
Tratamento
O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudável. Embora não exista cura para a Hipertensão Arterial.
São medidas preventivas não farmacológicas:
- Alimentação saudável.
- Consumo controlado de sódio.
- Consumo controlado de alcool, combate ao alcoolismo.
- Aumento do consumo de alimentos ricos em potássio.
- Combate ao sedentarismo.
- Combate ao tabagismo.
Medidas farmacológicas:
· Diuréticos. Ex: Hidroclorotiazida, Indapamida e Clortalidona.
· Inibidores da ECA e Antagonistas dos receptores da angiotensina. Ex: Captopril, enalapril, ramipril, lisinopril, losartan, candesartan, olmesartan.
· Inibidores do canal de cálcio. Ex: Nifedipina e Amlodipina.
Beta-Bloqueadores. Ex: Propranolol, Atenolol, Carvedilol, metoprolol, bisoprolol.