sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Diabetes mellitus

Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. É resultado de um defeito na secreção de insulina e/ou em sua recepção pelas células beta no pâncreas.

Quando não tratada adequadamente, podem ocorrem complicações como ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.
Embora ainda não haja uma cura definitiva há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
Diabetes é uma doença bastante comum no mundo, especialmente na América do Norte e norte da Europa, acometendo cerca de 7,6% da população adulta entre 30 e 69 anos e 0,3% das gestantes. Alterações da tolerância à glicose são observadas em 12% dos indivíduos adultos e em 7% das grávidas.
Cerca de 12% da população brasileira é diabética (aproximadamente 22 milhões de pessoas). Odiabetes do tipo 1 ocorre em freqüência menor em indivíduos negros e asiáticos e com freqüência maior na população européia.
Cerca de 50% dos diabéticos não sabem que possuem essa doença. Segundo uma projeção internacional, com o aumento do sedentarismo, obesidade e envelhecimento da população o número de pessoas com diabetes no mundo vai aumentar em mais de 50%, passando de 380 milhões em 2025.

Classificação

Dependendo da causa, o Diabetes pode ser classificado como:
Destruição das células beta, usualmente levando à deficiência completa de insulina.
Graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina.
Outros tipos específicos:
1.   Defeitos genéticos da função da célula β
2.   Defeitos genéticos da ação da insulina
3.   Doenças do pâncreas exócrino
4.   Endocrinopatias
5.   Indução por drogas ou produtos químicos
6.   Infecções
7.   Formas incomuns de diabetes imuno-mediado

O aumento da produção de hormônios, principalmente do lactogênio placentário, pode prejudicar a ação da insulina materna.

O tipo 1 representa cerca de 8-10% e o tipo 2 cerca de 85-90% dos casos.
Sinais e sintomas
Aumento da sede é um dos sintomas de hiperglicemia.
A tríade clássica dos sintomas da diabetes:
Outros sintomas importantes incluem:
  • Perda de peso
  • Visão turva
  • Cetoacidose diabética
  • Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o diabetes mellitus são:

Diagnóstico


O diagnóstico do diabetes normalmente é feito com base na verificação das alterações da glicose no sangue em jejum e após ingestão de grandes doses de açúcar em dois dias diferentes.
Para realizar o teste confirmatório do Diabetes o paciente deve permanecer em jejum de 8h (é permitido beber água) antes da primeira coleta de sangue. Em seguida deve-se ingerir 75g de glicose anidra (ou 82,5g de glicose monoidratada), dissolvidas em 250-300ml de água, em no máximo 5 minutos. Uma nova coleta de sangue é feita 2 horas após a ingestão de glicose. Durante a espera o paciente não pode fumar e deve permanecer em repouso.
A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente, e é diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintes:
·         Nível plasmático de glicose em jejum de 8h maior ou igual a 126 mg/dL (7,0 mmol/l)em duas ocasiões.
·         Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas após ingerir uma dose de 75g de glicose anidra em duas ocasiões.
·         Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.

Complicações


 Agudas:

Crônicas:

·         Hipertensão (por aumento de H2O no sangue, além da glicosilação irregular do colágeno e proteínas das paredes endoteliais o que pode causar tromboses e coágulos por todo o sistema circulatório);
·         Problemas renais como insuficiência renal progressiva (atinge 50% dos pacientes com DM tipo 1);
·         Problemas neurológicos, principalmente no , como perda de sensibilidade e propriocepção;
A frequência de problemas cardíacos como acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco são entre 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes.

Tratamento


É extremamente importante a educação do paciente, oacompanhamento de sua dieta, exercícios físicos, monitoração própria de seus níveis de glicose, com o objetivo de manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo.
Isso pode ser alcançado com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso (tipo 2), várias drogas diabéticas orais (tipo 2 somente) e o uso de insulina (tipo 1 e tipo 2 que não esteja respondendo à medicação oral). Além disso, devido aos altos riscos associados de doença cardiovascular, devem ser feitas modificações no estilo de vida de modo a controlar a pressão arterial e o colesterol, se exercitando mais, fumando menos e consumindo alimentos apropriados para diabéticos, e se necessário, tomando medicamentos para reduzir a pressão.

Prevenção


Exercícios físicos ajudam na prevenção de complicações tanto do tipo 1 quando do tipo 2 de diabetes ao manter sobre controle os níveis de glicemia.

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