terça-feira, 27 de setembro de 2011

Hipertensão Arterial - Parte 1

A hipertensão arterial ou hipertensão arterial sistêmica ou ainda pressão alta, como é conhecida popularmente, é uma das doenças com maior prevalência no mundo e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo entre outras.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) os valores admitidos são:120x80mmHg, em que a pressão arterial é considerada ótima e 130x85mmHg sendo considerada limítrofe.

Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia.
Um esfigmomanômetro e um estetoscópio são os equipamentos utilizados para aferir a pressão arterial.

Epidemiologia

 

Estima-se assim que a cada cinco pessoas, uma a duas são hipertensas. Em 2004, 35% da população brasileira acima de 40 anos estava hipertensa. Acredita-se que 20% da população mundial apresente o problema.

Fatores de risco

 

A hipertensão arterial pode ou não surgir em qualquer indivíduo, em qualquer época de sua vida, mas algumas situações aumentam o risco, tais como:

Idade: Aumenta o risco com o aumento da idade.

Sexo: Até os cinquenta anos, mais homens desenvolvem hipertensão. Após os cinquenta anos, mais mulheres desenvolvem a doença.

Etnia:Pessoas negras possuem mais risco de serem hipertensas. Mulheres afrodescendentes têm risco maior de hipertensão que mulheres caucasianas.
Nível socioeconômico: Classes de menor nível sócio-econômico têm maior chance de desenvolver hipertensão.
Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal (sódio), maior o risco da doença.
Consumo de álcool: O consumo elevado está associado a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito controverso, não homogêneo para todas as pessoas.
Obesidade: A presença de obesidade aumenta o risco de hipertensão.
Sedentarismo: O baixo nível de atividade física aumenta o risco da doença.

Classificação

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Nefrologia, a pressão arterial é classificada em:
Categoria
PA diastólica (mmHg)
PA sistólica (mmHg)
Pressão ótima
< 80
<120
Pressão normal
< 85
<130
Pressão limítrofe
85-89
130-139
Hipertensão estágio 1
90-99
140-159
Hipertensão estágio 2
100-109
160-179
Hipertensão estágio 3
≥110
≥180
Hipertensão sistólica isolada
< 90
≥140

     Principais complicações da hipertensão arterial
A hipertensão arterial é um dos fatores envolvidos em uma série de doenças. Entre outras, as doenças abaixo são provocadas, antecipadas ou agravadas pela hipertensão arterial.


Diagnóstico


Um dos grandes problemas da hipertensão arterial (pressão alta) é o fato de esta ser assintomática até fases avançadas.
Para se dar o diagnóstico de hipertensão são necessárias de 3 a 6 aferições elevadas, realizadas em dias diferentes, com um intervalo maior que 1 mês entre a primeira e a última aferição. Deste modo, minimizam-se os fatores confusionais externos.
Uma vez feito o diagnóstico, todos os doentes devem se submeter a mudanças do estilo de vida antes de se iniciar terapia com medicamentos. As principais são:
- Redução de peso;
- Iniciar a prática de exercícios físicos;
- Abandonar o cigarro;
- Reduzir o consumo de álcool;
- Reduzir consumo de sal;
- Reduzir consumo de gordura saturada; e
- Aumentar consumo de frutas e vegetais.

Tratamento


O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudável. Embora não exista cura para a Hipertensão Arterial.
São medidas preventivas não farmacológicas:

Medidas farmacológicas:


·     Diuréticos. Ex: Hidroclorotiazida, Indapamida e Clortalidona.

·     Inibidores da ECA e Antagonistas dos receptores da angiotensina. Ex: Captopril, enalapril, ramipril, lisinopril, losartan, candesartan, olmesartan.

·     Inibidores do canal de cálcio. Ex: Nifedipina e Amlodipina.
Beta-Bloqueadores. Ex: Propranolol, Atenolol, Carvedilol, metoprolol, bisoprolol.


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